A VERSÃO MACUMBEIRA

BIOGRAFIA

Foto: Fabiano Soares

Biografia

Um batuque sombrio surge dos Terreiros de Macumba. Espíritos ancestrais evocam maldições do mais profundo submundo e jogam seus feitiços bem na sua cabeça!

Formada no Rio de Janeiro no início da década de 90, a Gangrena Gasosa e suas entidades invadem o território antes dominado pela mitologia europeia e cruzam elementos da Umbanda com Heavy Metal e Hardcore regados a pontos de Macumba, colocando Orixás, Exus, Caboclos e Pretos-Velhos como protagonistas do ocultismo no Rock’n’Roll.

Nascidos para confundir, irritar e nadar contra a corrente, eles confundiram, por exemplo, o ex-vocalista do Dead Kennedys, Jello Biafra. Ele entendeu mal a ironia na contracapa do segundo álbum, “Smells Like a Tenda Spirita” – uma piada sobre marcas famosas que ele pensava ser patrocínio comercial.
Jello disse antes que a proposta da banda no primeiro álbum “Welcome to Terreiro” era interessante, mas seria perfeito se ao invés de introduções apenas eles pudessem misturar Metal e ritmos africanos em suas canções. E aconteceu! Depois de uma grande evolução em “Smells…” a fusão percussiva ganhou corpo no terceiro disco, “Se Deus é 10 Satanás é 666”, um culto à música extrema.
Dois anos depois completam o feitiço com o lançamento do primeiro e duplo DVD “Desagradável”. Um documentário divertido detalhando a trajetória da banda no disco um e uma performance ao vivo completa gravada em São Paulo no “Inferno Club” (onde mais?) no disco dois. Levando o documentário para o canal de TV a cabo Canal Brasil.

Após uma campanha de crowdfunding de sucesso em 2018, foi lançado o quarto álbum “Gente Ruim Só Manda Lembrança Pra Quem Não Presta”. Levando a banda a cobrir todas as regiões brasileiras em uma turnê de 2 anos.

Gravado ao vivo, “Gente Ruim …” onze faixas segue o estilo bem-humorado e pouco convencional de Gangrena Gasosa, apresentando temas polêmicos como o golpe de um pacto em “Terno do Zé”, música tema do curta de mesmo nome dirigido por Fabiano Soares ou o hino “O Saci”, sobre o pior espírito zombeteiro do folclore brasileiro. Música inspirada em trilha sonora original própria, composta para o último filme dirigido por Zé do Caixão no longa-metragem “As Fábulas Negras”.

O disco teve a participação de fãs na gravação das vozes no disco como recompensas da campanha de financiamento coletivo. Suas vozes podem ser notadas nos coros de “Gente Ruim Só Manda Lembrança Pra Quem Não Presta”, “Encosto”, “Carnossauro Diet” e “Se liga Doidão”.

“TÁ PENSANDO QUE É MOLEZA PRUM EXU TE PROTEGER?”

O Carnaval brasileiro de 2020 trouxe duas estreias de videoclipes do YouTube. KIZILA EP é uma prévia do próximo quinto álbum atrasado pela pandemia de COVID.

“Gangrena Gasosa vem na linha da Calunga, despacha todo quiumba pra firmar o Saravá!”

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Entidades

Zé Pelintra (foto: Alessandra Tolc)

VOZZé Pelintra

O EXU MALANDRO
ANGELO AREDE

Músico e ilustrador, formou sua primeira banda de Splatter em 93, Exhumation, onde era guitarrista e vocalista.
Paralelamente entrou na Gangrena Gasosa, fez parte da banda Dorsal Atlântica gravando o disco Straight no estúdio inglês Rhythm e excursionou com a banda em Portugal.
Na Gangrena Gasosa em co-produziu a turnê europeia Explicit Grossness Tour e o DVD duplo Desagradável, produziu o EP 6|6|6, o álbum Se Deus é 10 Satanás é 666, produziu e ilustrou a revista Amputação, compôs a trilha sonora do conto Saci (dirigido por Zé do Caixão) no longa-metragem de Rodrigo Aragão, As Fábulas Negras. Além de ter produzido e dirigido videoclipes da Gangrena Gasosa, viabilizou via crowdfunding o 4º álbum oficial “Gente Ruim Só Manda Lembrança Pra Quem Não Presta”, ilustrando a sua capa.

Entidade

Jose Emerenciano nasceu em Pernambuco. Filho de uma escrava forra com seu ex-dono, teve algumas oportunidades na vida, trabalhou em serviços de gabinete, mas não suportava a rotina. Estudou pouco, não tinha paciência para isso, pois gostava mesmo era de farra, bebida e mulheres. Não uma ou duas, mas muitas. Houve uma época em que estava tão encrencado na sua cidade natal que se viu obrigado a fugir e tentar a vida em outro lugar, e foi assim que Emerenciano surgiu na Cidade Maravilhosa.

Sempre fiel aos seus princípios, o lugar escolhido havia de ser a Lapa, reduto dos marginais e mulheres de vida fácil na época. Em pouco tempo passou a viver do dinheiro arrecadado por suas “meninas” que, apaixonadas pela bela estampa do mulato, dividiam o pouco que ganhavam com o suor de seus corpos. Não foram poucas as vezes que Emerenciano enfrentou marginais em defesa daquelas que lhe davam o pão de cada dia. E que defesa! Era impiedoso com quem ousasse atravessar seu caminho. Carregava sempre consigo um punhal de cabo de osso, que dizia ser seu amuleto, e com ele rasgara muita carne de “bandido atrevido”, como gostava de dizer entre gargalhadas, nas mesas dos botecos de sua preferência. Bebia muito, adorava o álcool, desde a cachaça mais humilde até o uísque mais requintado. Em diversas ocasiões suas meninas o arrastaram praticamente inconsciente para o quarto de uma delas.

Contudo, levava uma vida feliz até conhecer a mulher do sargento Savério, uma bela loira de olhos claros chamada Amparo. Era a visão mais linda que tivera em sua existência, que o deixava em êxtase apenas por passar em sua frente. Resolveu mudar de vida e partiu para a conquista da deusa loura, como costumava chamá-la. Parou de beber em demasia. Não era homem de ser afrouxado por ninguém, e uns golezinhos aqui e ali não faziam mal a ninguém. Dispensou quase todas as suas meninas, ficando apenas com uma, afinal o dinheiro tinha que entrar. Julgava-se então o homem perfeito para a bela Amparo, e começou a cercar a mulher que jamais lhe lançara um olhar.

Aos amigos dizia que ambos estavam apaixonados e que ele já tinha tudo preparado para levá-la para Pernambuco, onde viveriam de amor. Aos poucos a história foi correndo e apostas foram feitas. Uns garantiam que Emerenciano, porreta como era, conseguiria seu intento, enquanto outros duvidavam, pois Amparo nunca demonstrara nenhuma intimidade que justificasse a fanfarronice do homem. O pior tinha que acontecer, cedo ou tarde. O Sargento foi informado pela mulher da insistente pressão a que era submetida, e o marido, disposto a defender a honra da esposa, marcou um encontro com o rival. Emerenciano ria, enquanto dizia aos amigos:
– É claro que vou, ele quer me dar a mulher? Eu aceito! Vou aqui com meu amigo – mostrando seu punhal para quem quisesse ver.

Na noite marcada vestiu-se com seu melhor terno e foi ao botequim onde aconteceria a conversa. Não era noite para cachaça. Pediu uísque e começou a bebericar mansamente.

Confiava em seu taco e muito mais em seu punhal. Se fosse briga o que ele queria, ele teria. Ao esvaziar o copo ouviu um grito atrás de si:
– Safado!

Emereciano levantou-se rapidamente e virou para o chamado. O tiro foi certeiro! O rosto de Emerenciano foi destroçado e seu corpo caiu num baque surdo.

Recebido no astral por espíritos em missão evolutiva, tomou seu lugar junto a falange de Zé Pelintra. Com a história tão parecida com a do mestre em questão, outra linha não lhe seria adequada. Hoje, trabalhador nos terreiros na qualidade de Zé Pelintra do Cabo, diverte e orienta com firmeza a quem o procura, porém, sem perder a picardia dos tempos de José Emerenciano.

Sarava Seu Zé Pelintra!

Omulu
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Foto: Diego Padilha

VOZOmulu

O ORIXÁ DA VIDA E DA MORTE
DAVI STERMINIUN

Multi-instrumentista, cantor, compositor e intérprete de pontos, Davi é Ogã e sacerdote de Umbanda. Estudou atabaque com o renomado mestre Ogã José Carlos D’ Oxóssi. Em 2020, Davi lançou seu primeiro EP autoral, intitulado Solte o Ponto. Fez parte das bandas cariocas K-Shoi, Revestreki e Huguenots.

A relação de Davi com a Gangrena Gasosa é antiga. Ele fez teste para Omulu, no evento apelidado de “The Voice Gangrena”, onde o escolhido foi o Eder. Mesmo assim a banda gostou dele, inclusive por ser ogã, e a percussionista Ge Vasconcelos o convidou para participar de uma série de vídeos do canal Art Macumba – criada por Ge e Diego Padilha (baixista).

Entidade

Devido ao feitiço usado por Nanã para engravidar, o seu filho Omulu nasceu deformado. Revoltada com a aparência de seu filho, Nanã o deixou na praia, desejando que o mar poderia levá-lo. Um caranguejo grande encontrou o bebê e atacou-o com suas pinças, levando pedaços de sua carne. Quando Omulu ficou gravemente ferido e quase morto, Iemanjá saiu do mar eo encontrou. Penalizada, ela abrigou-o em uma caverna e começou a cuidar dele, usando folhas de bananeira para curar suas feridas e alimentando-o com pipoca sem sal e gordura, para recuperar o bebê. Então Iemanjá criou como seu próprio filho.

Omulu estava sempre isolado, se escondendo de todos devido ao seu rosto deformado. Um dia houve uma festa onde todos os Orixás e participavam Ogun (seu irmão) percebeu que Omulu não veio para dançar. Quando Omulu disse que ele estava envergonhado por sua aparência, Ogun foi para a floresta, reuniu um pouco de palha e fez uma cobertura para Omulu. Quando ele se cobriu da cabeça aos pés, finalmente teve coragem de se aproximar de outras pessoas. Mas ele não dançou porque todo mundo repelia. Somente Iansã teve a coragem. Quando eles dançaram, o vento levantou a palha e todos viram um homem bonito e saudável. Ele recompensou Iansã dividindo com ela o poder de controlar os eguns (espíritos dos mortos).

Omulu decidiu viajar pelo mundo para viver. Mas ninguém nunca ajudou aquele homem deformada. Ele encontrou refúgio na selva, sobreviveu comendo ervas e caça vermelhas, tinha um cachorro e cobras por companhia. Ficou muito doente. Finalmente, quando ele pensou que iria morrer, Olorum curou as feridas que cobriam seu corpo. Agradecido, ele se dedicou à tarefa de viajar pelas aldeias para curar as pessoas doentes e superar a epidemia que devastou aqueles que se recusaram-lhe auxílio e abrigo.

Um dia Omulu conheceu Euá, uma caçadora talentosa e bonita. Ela se apaixonou loucamente por ele. Eles se casaram, mas Omulu era extremamente ciumento e um dia que pensou que foi traído e preso Euár em um formigueiro, deixando-a entregue à própria sorte. As formigas tiveram um banquete com a carne da Rainha da beleza e da caça. Quando ela estava prestes a dar seu último suspiro vermelhas, Omulu apareceu e a levou para casa. Euár foi ferida por picadas das formigas e seu rosto era feio e deformado, tomado por cicatrizes. Omulu a cobriu com “palhas-da-costa” vermelhas, de modo que ninguém pudesse ver sua feiúra, nem repreendê-lo por o castigo dado à esposa por causa de uma mera suspeita.

Ele é responsável para a passagem de espíritos do plano material para o plano espiritual. Ele é visto muitas vezes com sua mãe, Nanã, o Orixá da morte. Ele é quem que faz a transição do espírito desencarnado e é responsável pela morte do doente. Em tempos de várias mortes de varíola, foi responsabilizado pela morte de milhões de pessoas, sendo conhecido como o Orixá da Varíola .

A cobertura de palha que cobre o rosto de Omulu tem um objetivo: que os seres humanos não olhar para a frente para ele. Guarda mistérios terríveis para simples mortais, revela a existência de algo que deveria permanecer em segredo, medos proibidas que inspiram cautela. Descobrir o Filah, a temida máscara de Omulu , seria o equivalente a desvendar os mistérios da morte, superada por ele. Sob o arbusto de palha Omulu guarda os segredos da morte e renascimento.

A relação entre Omulu e a morte ocorre devido ao fato de que a terra fornece os mecanismos necessários para a manutenção de vida, o homem nasce, cresce, se desenvolve, torna-se forte contra o mundo, mas continua frágil diante de Omulú, que pode devorá-lo a qualquer momento. Omulu é a terra, que vai consumir o corpo do homem após a morte. É por isso que “Omulu mata e come as pessoas”.

Pombagira Maria Mulambo do Lixo

PERCUSSÃOPombagira Maria Mulambo

A PRINCESA DOS ESCRAVIZADOS
GE VASCONCELOS

Foi integrante da banda e projeto intitulado MUSIKFABRIK – Fábrica Livre de Construção Musical e outros estranhos produtos do som, ministrou aulas em oficinas do projeto em comunidades do Estado do Rio de Janeiro e membro do Coletivo “Jongo na Telha”. Ex-aluna da Escola Portátil de Música no Instituto Casa do Choro – Universidade Unirio, desde 2009 é percussionista da banda Gangrena Gasosa.

Entidade

Maria Mulambo era filha de escrava com um senhor feudal de muitas terras que a tratava como esposa e não como escrava, por mais que existisse preconceito das pessoas da cidade por ela ser negra. Ela não conheceu sua mãe falecida em seu parto, mas foi criada por seu pai com todos os luxos e todos na cidade a tratavam gentilmente, sobretudo os mais nobres por conta de seu pai ter muitas riquezas e poder na cidade. Quando completou 18 anos perdeu seu pai para uma doença incurável de uma forma muito sofrida. A linda jovem Maria era herdeira de uma fortuna mas estava sozinha no mundo e muito infeliz. Quando o povo da cidade soube da morte de seu pai as coisas mudaram completamente, pois apesar de ser uma bela morena, para todos não passava de uma escrava que se escondia atrás de jóias e vestidos caros. Após alguns meses de reclusão, sofrimento e tristeza, resolveu sair um pouco mesmo sabendo que as pessoas a iriam descriminar. Passou a andar com os humildes para não sofrer preconceito e por fazer doações generosas às famílias pobres do vilarejo passaram a chamá-la de ‘Princesa dos Escravos’.

Se apaixonou por um rapaz pobre à primeira vista e logo se casou com ele. Quando sua solidão e tristeza pareciam ter chegado ao fim seu sonho virou pesadelo.

Saiu como costumava fazer todos os dias para visitar as famílias pobres, mas quando ela retornou os escravos que a serviram por tantos anos a impediram de entrar em sua própria mansão a mando de seu marido, que a traiu roubando toda sua fortuna.

Desnorteada, vagava pelas ruas, machucada não pela perda da riqueza, mas pela traição da única pessoa que ainda lhe restara na vida. Suas roupas finas viraram farrapos, sua fisionomia ficou triste e escura, mas a sua beleza era visível para todos que passavam e viam aquela mulher com a mão estendida suja e esfarrapada. Até o dia em que Sete Saias, dona de um famoso cabaré passou pela calçada, olhou para ela e perguntou:
– És tão bela! Porque está mendigando? Mesmo sem ser respondida, Sete Saias fez um convite:
– Venha comigo. Você terá todos os homens aos seus pés e voltará a ser rica.

Maria Mulambo aceitou o convite, fez o dobro da fortuna que tinha por ser a dama mais procurada no cabaré, mas guardou seu coração para que fosse rigorosa e fria na sua nova vida. Um dia o homem que destruiu sua vida e roubou seus bens foi conferir se o boato que se alastrou pela cidade era verdadeiro e encontrou Maria Mulambo no Cabaré. Ele pediu perdão por tudo que tinha feito e marcou um encontro com ela em uma encruzilhada distante à meia noite. À meia-noite saiu escondida com uma capa preta com a esperança de reencontrar a felicidade. Ao se encontrarem ele se aproximou e disse:
-Você foi a mulher mais linda que conheci em toda minha vida e não dividirei sua beleza com ninguém. Vou te matar por amor.
Ela foi contida por 6 capangas, esfaqueada varias vezes, atirada ao lixo e queimada viva.

Por isso Mulambo é rainha de uma falange de Pomba Giras que curam a dor de pessoas que sofrem com traição e auxiliam relacionamentos amorosos. Seu Axé é caracterizado por respeito e fertilidade.

Exu Caveira

GUITARRAExu Caveira

O GUARDIÃO DO CEMITÉRIO
MINORU MURAKAMI

Guitarrista há 27 anos, em 1992 teve sua primeira banda, Violator (RJ) com a qual fez vários shows no underground carioca e paulistano dos anos 90.
Ingressa em 1997 na banda Allegro onde gravou o CD Third Millenium.
De 2005 a 2007 fez parte da banda de Hardcore CIDM (Congresso Internacional Do Medo).
Em 2007 retorna com a banda Reprise emendando com a banda Ninguém Sai. É chamado em 2009 para integrar a Gangrena Gasosa como Exu Caveira.

Entidade

Exu Caveira foi nomeado por Oxalá (Criador da espécie humana), no dia da criação da vida humana na Terra, para cuidar da morte de todos os seres humanos.

Sua consciência é mais antiga que a da maioria dos espíritos habitantes desta esfera pois é anterior a criação da Terra. Habitava as Águas Ancestrais, das quais Nzambi (Deus supremo – o início e fim de tudo) e Oxalá criaram tudo que vemos e parte do que não vemos.

Responsável por ceifar a vida de todo indivíduo, no momento certo.

Ajuda nos conflitos, ensinando as artimanhas da guerra e o modo de vencer inimigos. É encarregado de vigiar os cemitérios e os lugares onde existem pessoas enterradas. Sua força é mostrada de modo a provocar medo aos que o invocam.

Todo trabalho ou despacho a ser feito num cemitério precisa da participação de Exu Caveira. Sem a sua participação, nenhum trabalho ou despacho feito no cemitério dará resultado. Apresenta-se, em geral, com a forma de uma caveira. Na maioria das vezes, apresenta-se depois da “hora grande” (meia-noite).

Exu Tranca-Rua

BAIXOExu Tranca-Rua

O MESTRE DOS CAMINHOS
DIEGO PADILHA

Baixista e fotógrafo, iniciou a carreira tocando em várias bandas do cenário Hard Rock carioca (de Poison cover ao autoral Krystal Tears, com disco lançado em 2005). Entre 2007 e 2009 acompanhou os internacionais Joe Lynn Turner (ex Rainbow, Deep Purple), Tony Martin e Geoff (Ex-Black Sabbath) e por 2 turnês o cantor Ted Poley (Danger Danger), sendo a segunda tocando com Andy Timmons (guitarra/Danger Danger). Após um período se dedicando somente à fotografia (principalmente de música, atendendo festivais como Rock in Rio e Lollapalooza), foi convidado a fazer um teste para Gangrena Gasosa e assumiu o posto de Exu Tranca-Rua.

Entidade

Dr. Tranca-Rua das Almas, conhecedor de todas as magias e demandas praticadas por seres sem luz, foi médico, na época em que se batia com copo quente nas costas, e se usavam sanguessugas para fazer sangria!

Senhor da escuridão, guardião dos caminhos, das casas, das vilas, companheiro dos Pretos Velhos e dos Caboclos, aparador entre homens e Orixás, transita além dos limites da bondade e da maldade, rege os domínios do plano negativo, e os terrenos por onde percorre a humanidade.

Tem o poder de fechar e abrir os caminhos para o ser humano, sendo responsável por trancar a evolução dos desqualificados, desequilibrados e desvirtuados. Realiza essa tarefa transformando as almas perdidas em escravos, formando um grande exército a cumprir suas ordens, receber suas oferendas nas ruas, e lhe reverenciar, até que encontrem novamente o caminho da luz.

Assim como tranca, pode abrir caminhos, driblar os obstáculos, e livrar um ser humano de qualquer empecilho.

O mestre também protege a entrada nos terreiros; Nada se movimenta ou sai de uma casa para as ruas, nada chega ao seu destino de origem, antes que sejam realizadas oferendas ao Exu Tranca-Rua das Almas!

Laroyê, Seu Tranca-Rua!

Exu Tiriri

BATERIAExu Tiriri

O SENHOR DA VIDÊNCIA
ALEX PORTO

Começou a tocar em meados dos anos oitenta. Em 1986, aos 11 anos, ingressou na Bíblia Negra, sua primeira banda autoral inspirada na cena Bay Area das bandas de Thrash Metal, como Metallica e Slayer.

Desde então, Alex Porto fez parte de várias bandas do cenário rock e metal carioca, Uns e Outros, Prophecy e WARFX foram algumas bandas nas quais ele atuou nesses mais de 30 anos de carreira na música.

Em 2019, passou a comandar as baquetas da bateria da Gangrena Gasosa. Esse período marcou o início dos trabalhos no terreiro das composições de duas músicas novas da banda, “Kizila” e “Coió”, que foram gravadas no final daquele mesmo ano e lançadas em 2020.

Entidade

Exu Tiriri é um Exu de lei, que trabalha na linha da esquerda, lutando contra espíritos sem luz como Kiumbas, Eguns e Zombeteiros, os levando para longe dos consulentes necessitados, para que assim as Entidades da linha da direita possam fazer seus trabalhos de abertura de caminhos, limpezas, descarregos, tratamento da saúde física e mental das pessoas.

Tem como principal missão ser um cuidador, e atuam principalmente nas vibrações dos verbos função, quebrador, devolvedor e retornador, assim como em grande parte dos fatos e casos, são magníficos especialistas em demandas e quebra de magias negras.

Senhor Tiriri tem uma ligação extremamente forte com Exu Mirim, que é o polo negativo de São Cosme e São Damião ou do Orixá Ibeiji, ou seja, o Orixá que rege os Erês, Ibeijadas ou as ditas crianças de Umbanda. É o responsável e tutor de todos os Exús Mirins que tem a permissão de se apresentar em terreiros como Entidade incorporada a Médiuns preparados para tal função.

Considerado o senhor da vidência, ou aquele que vê mais além, e por esse motivo ele é extremamente invocado na hora de serem jogados os sagrados Ifás (búzios), tanto na Umbanda quanto no Candomblé.

Segue nós